A Beleza Suprema de Neloumta Sylvie Peltao do Chade.

Neloumta Sylvie

Neloumta Sylvie

A Beleza Suprema de Neloumta Sylvie Peltao do Chade.

Redação Le Afrique Brazil

Uma boa definição para, dizer: Black is beautiful! Ser negro é lindo! Neloumta Sylvie tem orgulho de ser negra. A sua beleza suprema vem de dentro, quando ela mesma se define em palavras fortes de potência dentro da sociedade africana no Chade.

“Sou muito natural porque aprecio cada segundo a cor da minha pele, os meus cabelos pretos e crespos assim como as minhas unhas e cílios naturais.”

 Uma mulher jovem à frente do seu tempo que sabe muito bem, o valor de cada lugar no Chade. Nasceu em meio ao berço de uma realeza suprema que está fixa na natureza apoteótica, que é um símbolo de nobreza. A Rainha de Guera, uma bela cordilheira onde podemos ver uma mulher deitada de costas, o lugar é uma das maravilhas do Chade. Neloumta Sylvie traz em sua essência as suas raízes ancestrais com um propósito que a define como uma mulher chadiana com apenas 23 anos, com formação em jornalismo com uma grande paixão pelo empreendedorismo. E que está também inserida no universo fashion africano. Ela sempre foi apaixonada pelo mundo da moda e principalmente da modelagem. Tanto que atualmente a sua beleza tem chamado a atenção no Chade. O que faz ela ter objetivos próprios diante de mais um desafio em sua vida, que é ingressar na carreira de modelo internacional. Neloumta Sylvie nos conta, que: Eu decido por mim mesma entrar neste mundo com objetivos muito específicos: Sou determinada e corajosa com muita vontade de dar o meu melhor nesta nova aventura que está no horizonte. Alguém dúvida? E foi nesta agradável conversa que iniciamos uma entrevista exclusiva com Neloumta Sylvie que nos apresenta o país do Chade e nos conta um pouco sobre como é viver lá. E também nos fala como é ser uma mulher chadiana. 

Antes de iniciar esta entrevista, gostaríamos de agradecer a sua disponibilidade em nos conceder esta entrevista para a Revista. Através de você, queremos conhecer um pouco mais sobre o seu país, os seus sonhos, a sua vida e o que você pensa sobre a moda no continente africano, principalmente no Chade. Iremos aqui no Brasil conhecer o Chade através de você. Em nome de toda a equipe de redatores, agradecemos. Muito obrigado!

Neloumta Sylvie

MG – Quem é Neloumta Sylvie Peltão?

NS- Sou jornalista chadiana, empresária e entusiasta da moda. Sou licenciada em Ciências e Técnicas da Informação e Comunicação obtido na Universidade de N’Djamena com vários cursos de formação em fotografia, gestão de projetos de comunicação para desenvolvimento e processamento de produtos locais.

MG – Onde você nasceu?

NS- Nasci na região centro-sul do país precisamente em BITKINE onde descobrimos ”A Rainha de Guera. Uma bela cordilheira (Da direita para a esquerda podemos ver uma mulher deitada de costas…)” ela é uma das maravilhas do Chade. É uma zona turística por excelência. Guera é uma região que fascina mais do que uma das suas atrações turísticas e curiosidades.

MG – Como você define seu país, Chade?

NS – Chade está localizado entre 7º e 24º graus de latitude norte e 13′ e 24′ graus de longitude leste. Com uma área de 1.284.000 km 2, ocupa o quinto lugar entre os maiores países de África, depois do Sudão, da Argélia, do Zaire e da Líbia, sendo duas vezes maior que a França. É um país dominado pela pecuária e pela agricultura.

MG – Como é viver no Chade?

NS – A vida no Chade está indo bem. Como em qualquer outro lugar, a população enfrenta altos e baixos todos os dias.

MG – Como é ser mulher na sociedade do Chade?

NS – Ser mulher no Chade exige muito esforço e coragem porque sempre existe em algum lugar esse complexo de inferioridade que qualifica as mulheres como dependentes de homens feitos para a casa e para a cozinha.

Neloumta Sylvie

MG – Como você gostaria que o mundo visse o Chade?

NS –Gostaria que o mundo visse o Chade como um país muito hospitaleiro, com uma cultura rica, belas paisagens turísticas, um povo que aspira ao desenvolvimento e acima de tudo que o mundo saiba que não existe apenas a história da guerra, mas também a história do Sao, o ”MBANG DE BEDAYA” e Toumai o ancestral dos humanos para saber.

MG – O que você mais ama no Chade?

NS – O que mais adoro no Chade é a diversidade culinária chadiana. Em cada parte do país descobrimos um toque especial.

MG – Existe algum lugar especial para você no Chade?

NS – Sim, são as ilhas flutuantes do Lago Chade.

MG – Onde costumam ir os jovens à noite no Chade? Um lugar divertido, movimentado e moderno.

NS – Os jovens costumam reunir-se em locais públicos e especialmente para tomar uma boa xícara de café ao estilo chadiano.

MG – Qual é o prato cultural típico do Chade?

NS – O prato típico do Chade é a bola de cereal, uma espécie de polenta, é o prato mais popular do Chade, onde é consumido diariamente. É chamado de mour em Sar, gou em zaghawa, tibi em tedaga, tii pelo daza, biri em Kanembou e asida ou esh em árabe chadiano.

Neloumta Sylvie

MG – Um lugar turístico no Chade?

NS – Sim, existem vários locais turísticos no Chade. Temos, entre outros: Os lagos Ounianga, o Lago Lere, as ilhas flutuantes do Lago Chade, o maciço de Tibesti, o planalto Ennedi, o Mercado Abeche, o Mercado Central de N’Djamena, o Parque Nacional Zakouma, o Museu Nacional, bem como a Mesquita Faisal,

MG – Na sua opinião, o que o mundo precisa saber mais sobre o Chade?

NS – O mundo deve saber que o Chade não é um país de guerra como muitos descrevem e pensam, certamente já experimentámos hostilidades, mas isto ficou para trás agora que o mundo procura descobrir as maravilhas do Chade para lhe dar outra definição.

MG – Agora vamos falar da moda que existe no Chade. Você pode nos contar um pouco sobre esse mercado?

NS – no Chade o mercado da moda está anestesiado. Mas há que reconhecer que o trabalho está a ser feito por jovens que flutuam internacionalmente no azul, no amarelo e no vermelho, apesar de todos os obstáculos. O setor tem muito para explorar e o trabalho é feito todos os dias para subir de nível.

MG – Fale-me sobre a moda dos trajes tradicionais e dos tecidos chadianos na moda?

NS – Os chadianos gostam de se vestir e principalmente de forma tradicional. Em ocasiões como baptizados, casamentos, veremos homens em ”Djalabia” ou boubou grande e cabeça coberta com o ”kadamoul” ou chapéu tradicional e mulheres em ”Lafaye”, ou em grande senhora costurada em tanga e bordado, lenço na cabeça. Os chadianos estão apegados à sua cultura e todos os dias nascem inovações no campo do vestuário chadiano.

MG – Existe alguma diferença na moda no Chade em comparação com outros países de África?

NS – Sim, há uma diferença porque cada país tem culturas específicas com histórias diferentes que o definem. Cada país tem sua própria moda.

Neloumta Sylvie

MG – E as oportunidades no setor da moda no Chade?

NS – as oportunidades são mínimas, mas também aqui está a ser feito um trabalho para permitir que os players da moda dêem o melhor de si, bem como aos jovens a oportunidade de realizarem o seu sonho.

MG – Quando a moda entrou na sua vida?

NS –A moda entrou na minha vida desde muito jovem porque eu era uma menina com um gosto difícil de satisfazer quando se trata do que vestir e do que comprar. Sempre tive um gosto particular e muito modesto pelos meus estilos de roupa.

MG – O que mais lhe chama a atenção no mundo da moda?

NS – O desfile porque é um verdadeiro desfile onde a criatividade artística se expressa num arranjo original de formas, cores e materiais.

MG – Qual é o seu estilo de vestir?

NS – Meu estilo de roupa é clássico.

MG – Que marca de roupa faz sucesso no Chade?

NS – A marca de sucesso no Chade é a marca NOMADIC. A Nomad nasceu na sequência de uma reivindicação feita por estudantes centro-africanos residentes no Benin, confrontados com a imposição de vistos pelas autoridades aos estudantes desta sub-região.

MG – Existe algum designer no Chade que você admira?

NS –Sim, admiro muito o trabalho do jovem designer porque ele faz coisas maravilhosas. Seu nome é MAXIME SEEKER; ele próprio é modelo, trabalha em um emprego que sempre amou.

MG – O que é necessário para que a moda chadiana se torne internacionalmente conhecida?

NS – Temos talentos de todo o tipo na área da moda, basta saber aproveitar as oportunidades à escala internacional e acima de tudo que o Estado incentive os jovens que se entregam a esta profissão e que fazem dela uma carreira concedendo para eles um lugar de escolha. O mundo deve descobrir todas estas maravilhosas criações do Chade.

Neloumta Sylvie

MG – E você, dentro da moda no Chade, como se vê no futuro?

NS – Vejo-me apresentando Chade ao mundo.

MG – Como é a moda na sociedade do Chade? Existe alguma diferença em relação à cultura?

NS – A moda no Chade continua menos desenvolvida, ainda não atingiu o seu auge. Sim, existe uma diferença entre moda e cultura porque é verdade que têm pontos em comum, continuam muito distintas.

MG – Como você está construindo sua carreira de modelo no Chade?

NS – Com muito entusiasmo, paixão e força de vontade.

MG – Quais são seus projetos na carreira de modelo?

NS – Tornou-se o espelho da moda chadiana em todo o mundo.

MG – O que você sonha alcançar na moda?

NS – criando marcas puramente chadianas. Ou seja, utilizando produtos puramente fabricados no Chade e a moda evolui e devemos acompanhar a evolução mas é muito importante ser autêntico, mostrar ao mundo a nossa forma de vestir revelando assim a nossa originalidade.

MG – O que você sabe sobre o Brasil?

NS – Eu sei que o Brasil tem uma enorme floresta tropical chamada Amazônia que cobre 60% do território brasileiro, que existe um evento emblemático chamado Carnaval. Geralmente ocorre no final de fevereiro ou início de março. Desfiles de samba, fantasias extravagantes, danças inebriantes e música rítmica criam uma atmosfera eletrizante nas ruas do Rio. A sua língua nacional é o português e a segunda língua é o platt. Sua resplandecente estátua do Cristo Redentor fica a 38 metros de altura no topo do Corcovado. Acima de tudo é preciso ter paciência para morar no Brasil, dizem (risos)

MG – Que país você quer visitar e por quê?

NS – Eu gostaria de visitar o Brasil porque é um país grande, com muita diversidade cultural e étnica, com um estilo de roupa muito que chama a atenção do mundo. Descobrir as variedades culinárias, artísticas e religiosas deste belo país será um sonho tornado realidade.

MG – Sua história de vida que você está escrevendo agora na moda, o que podemos esperar desta linda mulher do Chade que agora está sendo reconhecida em outros países por sua beleza e elegância?

NS – Não prometo a lua ou o sol mas sim a excelência nas minhas novas missões como mulher chadiana, espelho da sua sociedade.

MG – Agora quero que você deixe uma mensagem para nossos leitores que estão conhecendo sua linda história de vida.

NS – Gostaria de dizer aos leitores que não há trabalho sem risco e não há conquista sem sacrifício. Sonhar é bom, mas trabalhar duro para alcançá-los é melhor. Os africanos devem compreender que a moda é um dos meios de desenvolvimento do país e incentivar iniciativas está a contribuir para o surgimento do continente. Escolha um dos pontos turísticos do Chade para sua próxima estadia, não se arrependerá.

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