Fotografia de Marcus Boni Teiga no Nilo em Luxor, Egito em 2012.
Fotografia de Marcus Boni Teiga no Nilo em Luxor, Egito em 2012.
Marcus Boni Teiga O Homem da Comunicação Ancestral Africana do Benin para o Mundo
Por Eliana Oliveira
Editora Chefe
Para entender e compreender o presente é preciso voltar no tempo em busca de respostas para entender, compreender, e aceitar, o presente. Muitas histórias escondem milhões de informações e segredos que fazem parte da nossa história. Que por muitas vezes conhecemos como lendas, filmes de ficção, ou simplesmente histórias contadas pelo povo que trazia essas histórias contadas pelos seus antepassados. Mas nenhuma história é capaz de trazer ao mundo revelações reais de como era uma linguagem de um povo e até da sua tonalidade de cor. Marcus Boni Teiga é um jornalista, escritor e Nubiólogo. Antes de fazer esta entrevista nós dois tivemos um encontro ancestral, onde compartilhamos o nosso imenso respeito pelos nossos antepassados e por esta África contemporânea que atualmente está em evidência global. Sem esquecer o que nos trouxe até aqui, neste encontro mais que especial para as nossas vidas.
Fotografia de Marcus Boni Teiga
Um Passado Descrito
Antes de começar esta conversa sobre o homem Marcus Boni Teiga. Eu primeiro tinha que reconstruir cada passo dado por ele nesta jornada fantástica no Egito. Entre tantos detalhes e fotografias o passado dele está mais presente do que nunca em sua mente onde ele relata a sua história de vida. Marcus Boni Teiga é um homem simples e ao mesmo tempo sofisticado dentro de um conceito muito particular de enxergar a vida, que ele mesmo faz questão de destacar em passagens e momentos especiais. Eu consigo enxergar em suas palavras a paixão pela escrita e pelas histórias dos antepassados que até então, estavam escondidas ou ocultas da humanidade. Confesso que conhecer ele é de certa forma ter que encarar esta verdade sobre à sua visão, que prova e comprova através de suas pesquisas tudo aquilo que nunca foi revelado a humanidade sobre o Egito. Não se trata só de uma linguagem, ou de uma tonalidade de pele. Mas por tudo o que cerca, a história nunca antes revelada.
Como ele mesmo, diz: “O sânscrito tem suas raízes nas antigas línguas africanas do vale do Nilo e os antigos egípcios eram negros da África”.
O Homem Nubiólogo
Marcus Boni Teiga é jornalista, escritor, e ex-membro da equipe de mídia e comunicação da Asssembleia Nacional da República do Benin em 1996. Também é ex-Chefe do Departamento de Comunicação do Ministério da Cultura, Artesanato e Turismo da República do Benin (2005-2006). Também é ex-Secretário Geral da Comunidade Nacional de Culto Vodu e Religiões Tradicionais da República do Benin (CNCVB). Ex-Secretário Geral e ex- Secretário de Comunicação da Associação de Escritores e Literários da República do Benin (AEGLB). Ele foi indicado ao Prêmio DAN DAVID 2023. Reuters Fellow na Universidade Michel de Montaigne de Bordeaux 3, França, no ano acadêmico de 1994-1995. Foi o vencedor do Prêmio Internacional Imhotep em Nubiologia por todo o seu trabalho sobre a Núbia Antiga na Feira Internacional Pan-Africana do Livro de Bruxelas, Bélgica (Salon International du Livre Panafricain de Bruxelles), em 2014. Autor de mais de 20 livros, principalmente ensaios históricos sobre África antiga. Entre outras publicações da Editions Complicites, Paris, França. O escritor acumula em sua trajetória de sucesso, o reconhecimento público e prêmios. Considerado o melhor sobre a história do flamenco em 2022 e 2023 seleções. Sobre o flamenco a música andaluza com raízes indo-africanas. Já a espiritualidade porque o Yoga não nasceu na Índia: os segredos das origens dos dravidianos. Sobre o Egito chega através do Dicionário dos nomes ancestrais no antigo Egito: Faraós, Rainhas, Princesas, Príncipes e Nobres – Dicionário de conceitos egípcios antigos: a evidência indelével de A a Z de que os antigos egípcios eram negros da África) – Heritage The Legacy of Black Africa to Ancient Greece and Rome (Heritage: The Legacy of Black Africa to Ancient Greece and Rome) Obras consideradas as favoritas dos bibliotecários de Paris em 2019. Outra obra que na breve lista dos cinco do Prêmio Marfim para a literatura de língua francesa “na Costa do Marfim em 2016 com a obra O fantasma de Cotonou. Marcus Boni Teiga também é o Fundador da AFRIQUE Destinations Magazine e do Conselho Fiscal e Diretor de desenvolvimento.
Fotografia de Marcus Boni TEIGA em 2013 durante um campo pesquisa em Kokokou , a aldeia mais conservadora do país de Natemba ( Norte de Benin).
Um Homem e Uma Raiz Ancestral
Quando eu me permitir conhecer mais profundamente a história de vida de Marcus Boni Teiga eu fui em busca de uma linha do tempo onde ele mesmo, me mostrasse claramente os caminhos percorrido por ele nesta jornada ancestral. A história de vida dele não é comum, está entrelaçada a um povo altamente rico em conhecimento e mistérios ainda desconhecidos pela humanidade. Marcus Boni Teiga nasceu em Tanguiéta, numa cidade localizada no sopé da serra de Atacora, no noroeste da República do Benin. Ele tem no seu sangue uma ancestralidade legitima de uma minoria étnica chamada Natemba, cujas raízes remontam ao período pré-dinástico egípcio no Vale do Nilo. Esta ancestralidade já é uma definição de uma vasta e rica história que Marcus Boni Teiga traz nas suas obras que destaca uma história que estava perdida. Ele nos conta em uma breve explicação dentro deste mundo moderno, o que uma linguagem que conhecemos e usamos diariamente mas, não temos a menor ideia da sua origem e surgimento. E esta palavra é hacker cuja raiz é Hawk filologicamente não pertence a nenhuma outra língua que não seja do povo Nubiano Antigo. Dentro de uma prerrogativa estrita do universo linguístico das origens do Antigo Egito. Ela não tem origem inglesa e muito menos americana. A palavra Nekhen também era chamada de Cidade de Falcão. Nekhen é a cidade das origens da civilização faraônica. Marcus Boni nos conta que a história diz, que; como não foram os NEGROS que fundaram a brilhante e extraordinária civilização do Antigo Egito, ele desafia os Egiptólogos e Linguistas a provarem que não é negro-africana, ou seja, significa originalmente Nubiano Antigo. Muito antes mesmo de ser Egípcio Antigo, a língua dos antigos egípcios era uma língua negro-africana, mais precisamente da família das línguas conhecidas como Nigero-Congolês. O Antigo Egito tendo sido uma Colônia de assentamento criada por LUO ou LWO da Antiga Núbia.
Conhecer mais sobre o antigo Egito é reconhecer bases sólidas de verdades descritas nas obras de Marcus Boni Teiga. Que nos apresenta com muita tranquilidade e bom senso com verdade naquilo que lhe foi mostrado em suas pesquisas. Ele particularmente é um homem sábio que dentro desta sabedoria vem a riqueza ancestral impressa nas suas raízes ancestrais. Eu diria que além de ser um jornalista, escritor, ele também poderia ser um Diretor de cinema. Pois a cada passagem dita por ele, me faz visualizar cenas, situações, vivenciais nunca antes experimentadas por mim. Ele não só me trouxe a história, como abriu uma porta para uma outra dimensão escondida do antigo Egito.
Fotografia de Marcus Boni Teiga
Um Retrato de Marcus Boni Teiga
Tentar trazer através de palavras uma imagem de um homem, é de fato percorrer caminhos por ele trilhado. Era exatamente isso que eu queria montar um perfil, próximo da sua realidade de vida vivida todos os dias. Acho que esta configuração é bem distinta para um homem maduro, elegante e sofisticado que tem em mínimos detalhes a sua vida organizada, com ternura e leveza. Com uma personalidade peculiar, própria que vai do sereno ao honesto diante das coisas da vida. Ele tem sonhos comuns confessou que seu sonho seria um dia jantar com o ex. Presidente dos Estados Unidos Barak Obama. Achei incrível a ideia e acho que sim, pode ser possível devido ele ter um propósito neste encontro especial. Ele resume em poucas palavras o porquê deste jantar. Ele diz, que; ele é um primo muito distante de seu pai que é Luo. Todos os Luos ao redor do mundo, assim como os principais ramos que compuseram o povo Natemba ao qual pertenço, são de uma mesma linhagem Luo originária do atual Sudão do Sul. É de lá que meus ancestrais migraram com seus primos Batombou ou “Bariba” para vir se estabelecer no noroeste do atual Benin.
Eu tive que fazer uma pausa para abrir um sorriso, como a vida nos leva de encontro com a nossa própria origem. É magnifico ter este conhecimento, esta base e estrutura familiar ancestral em detalhes que não se perderam no tempo.
Conhecer Marcus Boni Teiga através de suas histórias, fica cada vez mais interessante e divertido. Ele me forneceu todas as informações possíveis para fazer esta matéria que eu já considero uma das mais especiais. Apesar de estar sempre viajando pelo mundo, ele sempre tem um tempinho para enviar uma mensagem carinhosa, com novas ideias e com uma imensa vontade de me mostrar mais e mais sobre o seu trabalho e também se revelar como um ser humano dentro da sociedade africana. Em muitas de suas entrevistas internacionais ele se mostra, capaz de nos fazer rir e refletir sobre como o homem enxerga o homem no mundo seja ele moderno ou antigo. Ele diz, que; não costuma olhar mais que duas vezes para um homem. Que a mulher ideal seria, qualquer mulher no cânone egípcio de proporções, com o que quero dizer que toda beleza física reside apenas na harmonia das proporções. E ele ainda, diz; que a mulher, ela é uma pessoa duplamente sagrada, como nos tempos antigos na África, ao contrário do que sempre fizeram crer certas ideias recebidas. Porque ela é a única que pode carregar a vida, e isso no sentido pleno da palavra “carregar”. Já para ele, o homem seria um animal como todos os outros, mas que deve ser constantemente lembrado que deve, além disso, se esforçar para mostrar inteligência para garantir a sobrevivência de todos os animais, inclusive os de sua espécie. Em relação a sua visão sobre a espiritualidade eu busco saber sobre a sua relação com a morte. Ele disse; que tinha medo, mas desde que perdi meu pai antes dos dezessete anos, nunca mais tive medo. Isso não significa que eu não tenha medo da dor, mesmo que a criança Natemba que sou esteja preparada para enfrentá-la desde a minha infância. Tenho que mentir para te dizer que não tenho medo da dor. É por isso que adoro a famosa citação de Alfred de Musset sobre a dor e o homem que diz: “O homem é um aprendiz, a dor é seu mestre, e ninguém se conhece até que não tenha sofrido. É uma lei dura, mas uma lei suprema, lei Velha como o mundo e o destino, Que infelizmente devemos receber o batismo. E que a este triste preço, tudo deve ser comprado. As colheitas precisam de orvalho para amadurecer, Para viver e sentir, o homem precisa de lágrimas, A alegria é simbolizada por um quebrado planta. Ainda molhada de chuva e coberta de flores.” Ele tem razão, porque na maioria das vezes é necessário que o homem experimente esse sofrimento humano ou o conheça por procuração para ter um certo apetite de compaixão e generosidade em nosso mundo atual. Eu estava numa correspondência de guerra, e eu tive que lidar com a morte. Se ela tivesse me querido antes, eu já teria passado da vida para a morte. O que eu não tenho medo, obviamente, é essa ideia de que estou destinado a desaparecer da noite para o dia e que nunca mais vou existir daquele dia em diante.
Novamente eu faço uma pausa para refletir cada palavra que traz de certa forma uma passagem meio nebulosa sobre o mistério da vida e da morte.
Mas a palavra medo ainda existe na mente e no vocabulário de Marcus Boni Teiga. Ele confessa que tem sim, o medo de perder a sua memória. De resto, ele confessa que teme mais pelos outros do que por ele mesmo. Eu busco saber mais sobre a sua fé, a relação de conexão com Deus. Na sua visão Deus é desconhecido, um desconhecido, depende. Uma forma digna e verdadeira de encarar a espiritualidade sem rótulos. E dentro deste conceito de quem é este homem que desperta curiosidade e ao mesmo tempo um mistério. Eu volto no princípio do que me levou até ele, que foi o escritor, a sua vocação, o dom e o talento para escrever. Ele revela que escrever é o túmulo da fala. E que herdou este dom e talento da sua Mãe, ele pertence a uma longa linhagem de historiadores, poetas, e filósofos tradicionais, cuja fama já me precedeu muito antes. Meus tios maternos, portanto, me deram a bênção de ter escolhido a escrita como uma profissão onde eles tinham apenas a palavra para exercê-la, convencidos sem dúvida de que eu era um elo na cadeia de sua sobrevivência, da mesma forma que a de seus milênios, ou seja, velhas tradições. Para um homem com bases em tradições seria muito interessante conhecer mais o universo construído por ele mesmo.
Fotografia de Marcus Boni Teiga, após visitando uma exposição de Kerma ( Sudão , País de Kousch , antiga Nubia ) no Museu de Genebra e na Catedral de Genebra com Professor Charles Bonnet , que esteve a cargo das escavações por mais de trinta anos . Egiptólogo , grande descobridor dos ” faraós negros ” da Núbia e do Egito , ex -chefe dos suíços missão de arqueologia no Sudão . Ele é o Prefácio do Volume 1 da série de livros de Marcus Boni Teiga sobre a história da Antiguidade Núbia : Núbia e as origens dos povos da África I, publicado pelas Edições Dagan, na França.
Vivemos a vida como acreditamos e construímos um jeito particular de viver. E eu avancei em buscas dessas respostas que para mim é interessante saber e conhecer sobre o seu ponto de vista. Como ele é um homem de extremo bom gosto, o que seria luxo para ele. Ele revela, que; no momento não seria nada material. Para ele se tornar um Grande Escritor. Digo grande escritor, e não um escritor famoso. Sei que tenho os recursos, mas ainda tenho que trabalhar muito mais do que fiz até agora. Isso é tudo!
E dentro desta narrativa eu vejo nele um homem ousado, e que ele mesmo se define teimoso. Que ama ler e escrever, com sonhos que ainda não foram realizados, como: Provar que o sânscrito tem suas raízes nas antigas línguas africanas do vale do Nilo. Um sonho que pode ser tornar realidade em breve dentro da história atual na humanidade. Eu acho que cada leitor que tem em mãos esta obra, já tem uma visão clara desta verdade. Marcus Boni também tem uma relação bem próxima da natureza e destaca a Dama da Noite ou Cestrum nocturnum de seu nome científico, como sua flor preferida e o canário como seu pássaro preferido. Ele é um homem intelectual que tem seus poetas favoritos como: Aimé Césaire, Léopold Sedar Senghor, Birago Diop, Léon Gontran Damas, Claude Mc Kay, Cuntee Cullen, Langston Hughes, Pablo Neruda, Federico Garcia Lorca, Antonio Machado, Charles Baudelaire, Sully Prudhomme, Jean de La Fontaine, Alexandre Pouchkine…
Em relação aos seus compositores favoritos ele, diz; que aqueles que são indevidamente chamados de Griots na cultura africana, Fella Anikulapo Kuti, Franco Luambo Makiadi, Myriam Makéba, James Brown, Bob Marley, Boney M., Joe Dassin, Salvatore Adamo, John Coltrane, Sidney Bechet, Maceo Parker, Charlie Parker, Steve Coleman, Sonny Rollins, Stevie Wonder, Jocelyne Béroard, Jacob Devarieux…
Em uma brincadeira minha em particular, eu pergunto sobre o seu pintor favorito e, é claro que a resposta me arranca boas risadas.
Marcus Boni seu pintor favorito é? Pablo Picasso não porque moro em sua casa em Málaga, mas porque muito antes de residir lá, ele é de longe o mais conhecido da África. Eu mesmo pintei por um tempo, e pretendo retomar em outro lugar assim que tiver um pouco mais de tempo, e já ouvi na época meus mais velhos em Tanguiéta levarem o apelido de Picasso. Então citarei: Eugène Delacroix, Henri Matisse, Claude Monnet, Serge Poliakoff…
Marcus Boni Teiga é um homem regido pelas histórias, que ele busca conhecer e escrever. E dentro de várias histórias ele destaca quem são as suas heroínas dentro da história. Ele, diz; que a Candace Amanishakheto da antiga Núbia, a Rainha de Sabá, a Rainha-Faraó do antigo Egito. E também destaca os seus heróis da vida real que são as pessoas comuns, em particular aquelas pessoas honestas que trabalham diariamente para trabalhar a terra ou criar animais, todos aqueles artesãos em nossas aldeias e campos. E dentro de inúmeras histórias da vida real ele faz questão de destacar o que ele detesta, ou seja, odeia em um ser humano que é o orgulho, arrogância, presunção; como diria Aimé Césaire, e acrescentaria mais: indiferença e covardia, sim covardia acima de tudo. Desconfio de quem é covarde. E ele vai mais longe dentro da história da humanidade ele despreza uma das passagens mais tristes que o ser humano pode ter vivido na vida. E diz, com todas as letras Hitler, todos os partidários do discurso desumanizador do homem negro e mais geralmente do outro, aquele que é simplesmente diferente. Marcus Boni tem um senso de humanidade muito verdadeira e sensível que chega até nos comover, porque tudo isso é real e triste.
Fotografia de Marcus Boni Teiga no Nilo em Luxor, Egito em 2012.
Mas onde está a admiração de Marcus Boni Teiga? Novamente ele destaca também uma personalidade histórica. A de Kaba, herói nacional do Benim, que resistiu durante três anos (1914-1917) contra as tropas coloniais francesas na serra de Atacora e que se recusou a render-se. Apesar de todos os reforços em homens e do substancial arsenal de armas e munições que o Governador da África Ocidental Francesa trouxe de todos os lugares. Kaba era um estrategista tão inteligente que os franceses nunca o viram nem uma vez, então eles não têm nenhuma foto ou retrato dele – e eles apenas presumiram que ele foi morto no bombardeio da Caverna Datawory em 7 de abril de 1917. Ninguém pode mostrar um túmulo e dizer que pertence a Kaba. Ele e seus guerreiros resistiram com arco e flecha as três companhias de infantaria do Capitão Renard, que foi especialmente nomeado para liderar a Operação “Coluna Atakora” e excepcionalmente elevado ao posto de Comandante. Com o objetivo de suprimir a resistência. Beninenses e todos os africanos podem se orgulhar de Kaba e de sua resistência, que infelizmente é amplamente desconhecida. Não é à toa que o falecido ex- presidente do Benin, General Mathieu Kérékou, nutria um profundo respeito e grande admiração por esta grande figura da História do Benin e da África.
A nossa conversa não estava direcionada a falar sobre política mais ele destaca onde está e o que ele valoriza dentro da reforma política do Benin. Para ele a que proclamou a igualdade entre homens e mulheres no Benin na Lei Fundamental, ainda que estivéssemos sob o regime marxista-leninista do Partido da Revolução Popular do Benin (PRPB) sob a primeira presidência do General Mathieu Kérékou (1972-1989).
Marcus Boni Teiga é um homem feito de história, nasceu fazendo história, e com certeza deixará um legado rico em história. Porque tudo o vem dele através dos seus pensamentos e palavras viram grandes histórias. Como dizer; que ama ouvir o som das águas, que não gosto, de ouvir o som dos homens. Que apesar de ser um homem educado, com requinte de berço também fala palavrão. O que para mim é uma grande surpresa, porque nunca ouvir este palavrão “Em nome do meu Crocodilo do Nilo!” Eu não saberia dizer; este palavrão, mais ele sim. De fato ele é um homem cheio de qualidades para destacar e também buscar conhecer como ele mesmo destaca, que se não fosse jornalista e escritor que jamais seria comerciante de escravos. Nossa! Uma profissão que divide opiniões e ao mesmo tempo sentencia uma vida. O que faz da nossa história, trazer uma marca que está até hoje na alma dos africanos e seus descendentes. Marcus Boni Teiga é aquele que valoriza uma amizade, tem como lema de vida a paixão, e a descreve dizendo; que com paixão, você pode fazer qualquer coisa e pode alcançar qualquer coisa. O que para mim é um grande incentivo para continuar trilhando este caminho que é trazer as histórias dos africanos para o Brasil. E antes de finalizar esta longa conversa, eu volto a perguntar para ele. Sobre a espiritualidade como seria o outro lado da vida e o seu encontro com Deus, caso ele exista. E ele, disse; que gostaria de ouvir de Deus as seguintes palavras “Suas desculpas”, e nada mais.
Finalizo, esta matéria exclusiva com Marcus Boni Teiga com uma sensação de que a gente ainda tinha muito o que conversar. Ele é um homem extremamente interessante com muitas históricas para contar das suas obras, e da vida em si. Vida que ele construiu em bases reais, sem deixar para trás a sua verdadeira essência e origem ancestral.
O meu agradecimento especial a jornalista e escritora Carmem TOUDONOU pela introdução da entrevista feita anteriormente com Marcus Boni Teiga. O que me ajudou muito nesta matéria especial e exclusiva com Marcus Boni Teiga para a Magazine Le Afrique Style Brazil para o Brasil.
Fotografia de Carmem Toudonou
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