Binta Jarju uma Miss Premium África da Gâmbia.

Binta Jarju

Binta Jarju Uma Miss Premium África da Gâmbia.

Redação Le Afrique Brazil

Uma beleza única que reflete uma personalidade completa de uma Miss. Um papel exercido por diversas ocasiões por Binta Jarju uma Miss que representa a África em todas as esferas. Uma mulher que carrega no seu DNA as qualidades de uma Miss, que deve ser simpática, bonita, inteligente, prática, determinada, educada, atenciosa e humilde. Binta Jarju é esta referência de beleza nos concursos de Miss no Continente africano. Ela nos revela que ser uma Miss é mais do beleza, é um corpo símbolo do seu país a Gâmbia. Binta Jarju representa toda uma nação, ela leva o seu povo e a Gâmbia para o mundo. Com apenas 23 anos estudante do último ano de jornalismo na Universidade da Gâmbia. Ela ainda é fundadora da Associação para o desenvolvimento inclusivo, uma fundação dedicada a defender crianças com problemas físicos em idade escolar. Uma ação de inclusão e valorização humana que se faz necessária na Gâmbia. Binta Jarju além de trazer o seu papel como uma cidadã africana, ela também tem sonhos reais no mundo da moda. Em nossa entrevista pedimos que Binta Jarju nos apresentasse a Gâmbia e nos contasse sobre o seu ponto de vista como uma mulher africana na Gâmbia. Uma conversa agradável com uma linda mulher que nasceu para brilhar e desfilar pelo mundo levando o nome da Gâmbia internacionalmente.

Quem é a gambiana Binta Jarju?

Binta, uma gambiana de 23 anos, reside com os pais e irmãos. Ela tem quatro irmãs mais velhas, um irmão mais velho e um irmão mais novo. Apaixonada por ajudar pessoas com deficiência física, ela também orienta meninas a se tornarem a melhor versão de si mesmas. Binta não é apenas uma rainha da beleza, mas também uma modelo de passarela.

Me apresente a Gâmbia, como é o seu país?

A Gâmbia, muitas vezes chamada de “A costa sorridente de África”, é um país pequeno e diversificado na costa oeste, conhecido pelas suas pessoas amigáveis e por uma rica herança cultural. Rodeado pelo Senegal, apresenta mercados vibrantes, paisagens exuberantes e o pitoresco Rio Gâmbia. Com clima tropical, é popular para observação de pássaros e ecoturismo, e sua música, dança e festivais contribuem para um ambiente caloroso e acolhedor para os visitantes.

O que mais ti encanta na Gâmbia?

A calorosa hospitalidade, o rico patrimônio cultural e a beleza natural do país estão entre os seus aspectos mais atraentes.

Como é viver na Gâmbia?

Viver na Gâmbia é ótimo; o país é pacífico, as pessoas são incríveis e você encontrará uma comunidade acolhedora onde quer que vá.

Como você gostaria que o mundo visse a Gâmbia?

Gostaria que o mundo visse a Gâmbia como um país vibrante e culturalmente rico, com um povo caloroso e acolhedor, paisagens diversas e uma atmosfera pacífica. Destacar a sua mistura única de tradições, festivais e belezas naturais pode contribuir para uma percepção positiva e precisa.

Como é o turismo na Gâmbia?

O turismo na Gâmbia é caracterizado pela sua hospitalidade calorosa, diversas experiências culturais e atrações naturais. Os visitantes são atraídos por mercados vibrantes, cruzeiros fluviais panorâmicos e pela oportunidade de observar pássaros nas paisagens tropicais. A rica herança cultural, a música tradicional e os festivais da Gâmbia aumentam o fascínio. A aposta do país no ecoturismo e a simpatia das suas gentes fazem dele um destino convidativo para quem procura uma experiência de viagem única e enriquecedora.

Que lugares você sugere visitar?

Recomendo explorar os vibrantes mercados de Serrekunda, desfrutar de um cruzeiro fluvial ao longo do rio Gâmbia e visitar a Reserva Natural de Abuko para vislumbrar a diversidade da vida selvagem do país. Além disso, as históricas James Island e Jufureh, conhecidas por suas ligações com Kunta Kinte, oferecem uma rica experiência cultural. Esses lugares oferecem uma visão abrangente da beleza, cultura e história da Gâmbia.

Como é a culinária gambiana?

A culinária gambiana é diversificada e saborosa, muitas vezes apresentando o arroz como alimento básico. Domoda, um guisado de amendoim com carne e legumes, é um prato popular. Benachin, conhecido como arroz “de uma só panela”, é outro favorito, incorporando arroz, peixe ou carne com vegetais. O peixe grelhado ou guisado, muitas vezes servido com molhos picantes, reflete a influência costeira. O café da manhã pode incluir pão de tapalapa com pastas como manteiga de amendoim ou chocolate. Frutas como manga e banana são abundantes, contribuindo para sucos refrescantes. No geral, a culinária gambiana oferece uma mistura de ingredientes de origem local e sabores vibrantes.

Qual o seu prato preferido?

Domoda

O que falta na Gâmbia na sua opinião em relação ao turismo internacional?

Embora a Gâmbia tenha muito a oferecer, há áreas onde pode aumentar o seu apelo aos turistas internacionais. Isto pode incluir o investimento em infraestruturas turísticas mais diversificadas, a promoção de práticas sustentáveis e o aumento da sensibilização para atrações menos conhecidas. Além disso, a expansão dos esforços de marketing e a melhoria das opções de transporte poderiam contribuir para tornar a Gâmbia um destino mais procurado por uma gama mais ampla de viajantes.

Como é a mulher gambiana na sociedade da Gâmbia?

As mulheres gambianas desempenham diversos papéis na sociedade, contribuindo para vários aspectos da vida. Tradicionalmente, as mulheres na Gâmbia têm estado ativas na agricultura e na gestão familiar. No entanto, com as mudanças sociais, mais mulheres estão envolvidas na educação, nos negócios e no serviço público. As mulheres gambianas são frequentemente conhecidas pela sua resiliência, envolvimento comunitário e contribuições para a preservação dos valores culturais. Os esforços para promover a igualdade de gênero e capacitar as mulheres continuam a evoluir, refletindo mudanças positivas na sociedade gambiana.

Futuramente você será uma jornalista, que pontos negativos você costuma ver no dia a dia?

Muitos jornalistas no meu país temem expressar as suas opiniões sobre questões que envolvem pessoas influentes. Embora não aspire ser jornalista, se o fosse, escolheria o jornalismo freelancer para manter a independência e evitar trabalhar para empresas ou instituições que praticam reportagens tendenciosas.

E os pontos positivos de viver na Gâmbia?

Viver na Gâmbia oferece vários aspectos positivos, incluindo;

*Beleza Natural:* De paisagens exuberantes ao pitoresco Rio Gâmbia, o país oferece ambientes belos e tranquilos para os residentes desfrutarem.

*Atmosfera Pacífica:* A Gâmbia é conhecida pela sua estabilidade política e coexistência pacífica, proporcionando um ambiente de vida calmo.

Estilo de vida descontraído:* O ritmo de vida descontraído contribui para uma experiência diária mais agradável e sem estresse.

*Oportunidades de ecoturismo:* Com clima tropical e ecossistemas diversificados, a Gâmbia é um paraíso para os amantes da natureza, especialmente aqueles interessados em observar aves e explorar reservas de vida selvagem.

*Laços comunitários:* Fortes laços comunitários contribuem para um sentimento de pertencimento e apoio entre os residentes.

Como é a moda na Gâmbia?

A moda na Gâmbia é uma mistura viva de estilos tradicionais e modernos. Tecidos coloridos e padrões exclusivos são comuns em roupas tradicionais. As roupas de estilo ocidental são amplamente adotadas, especialmente nas áreas urbanas, apresentando uma fusão de influências globais e locais. A geração mais jovem muitas vezes mostra a sua criatividade através de uma mistura de trajes tradicionais e contemporâneos. Acessórios como joias com miçangas são populares, contribuindo para a individualidade das escolhas de moda. Os eventos e desfiles de moda desempenham um papel importante no destaque do cenário diversificado e dinâmico da moda na Gâmbia.

Qual é o seu estilo?

Eu adoto vários estilos, incluindo tradicional, casual e formal, ou uma combinação que reflita meu gosto. A escolha depende do tipo de local ou ocasião que estou participando.

Você tem algum estilista preferido na Gâmbia? Quem? E porquê?

Sim, tenho um designer favorito – Moses Ann, conhecido pela sua marca Anzy’s. Ele está entre os melhores designers da Gâmbia, criando roupas incrivelmente criativas. Com o apoio certo, acredito que ele tem potencial para um dia se tornar um dos maiores designers do mundo.

Como é a semana de moda da Gâmbia?

A semana de moda da Gâmbia destaca designers locais e internacionais, unindo entusiastas da moda, profissionais da indústria e meios de comunicação. Embora seja sempre interessante, pode não ser tão vibrante como outros países devido ao investimento comparativamente menor da Gâmbia em eventos de semanas de moda.

O que falta para a moda produzida na Gâmbia ganhar o mercado internacional?

Para que a moda produzida na Gâmbia chegue ao mercado internacional, vários fatores podem contribuir:

*Qualidade e Criatividade:* Garantindo artesanato de alta qualidade e designs exclusivos e criativos que se destacam no mercado global.

*Marketing e Branding:* Estratégias de marketing eficazes e fortes esforços de branding para criar reconhecimento e atrair um público internacional.

*Presença Online:* Utilizando plataformas de comércio eletrônico e estabelecendo uma forte presença online para alcançar uma base global de clientes.

*Participação em Eventos Internacionais:* Apresentando designs em eventos internacionais de moda ou colaborando com designers e marcas de outros países.

*Práticas Sustentáveis:* Adotar práticas de moda sustentáveis e éticas, cada vez mais valorizadas no mercado global.

*Networking:* Construindo conexões com varejistas internacionais, influenciadores da moda e profissionais do setor para expandir o alcance e as oportunidades.

*Infraestrutura de apoio:* Investimento em infraestrutura de apoio à indústria da moda, como instalações de produção confiáveis e logística para produção e distribuição eficientes.

*Apoio governamental:* Políticas e apoio do governo para incentivar e promover o crescimento da indústria da moda.

Ao abordar estes aspectos, a moda da Gâmbia pode ganhar visibilidade e aceitação no cenário internacional.

Que pontos são relevantes dentro da cadeia produtiva de moda na Gâmbia?

Dentro da cadeia de produção da moda na Gâmbia, vários

*Fornecimento local de materiais:* Utilizar recursos e materiais locais para contribuir para um processo de produção sustentável e centrado na comunidade.

*Força de trabalho qualificada:* Investir na formação e desenvolvimento de mão de obra qualificada e com experiência em diversos aspectos da produção de moda.

Controle de Qualidade:* Implementação de medidas rigorosas de controle de qualidade para garantir a produção de roupas de alta qualidade.

Integração tecnológica:* Incorporação de tecnologia moderna para processos de produção eficientes, desde software de design até equipamentos de fabricação.

*Pesquisa de Mercado:* Realização de pesquisas de mercado completas para entender tendências e preferências do consumidor, garantindo que os produtos estejam alinhados às demandas do mercado.

Networking e Colaboração:* Construir parcerias e colaborações com outras partes interessadas da indústria, tanto local como internacionalmente.

*Infraestrutura Acessível:* Garantir infraestrutura confiável e acessível para transporte, logística e distribuição.

A abordagem destes pontos pode contribuir para o desenvolvimento de uma cadeia de produção de moda robusta e competitiva na Gâmbia.

Na sua opinião existe resistência dentro da moda internacional em relação a moda africana?

Embora a moda africana tenha ganho reconhecimento e apreciação no cenário global, tem havido casos de resistência ou desafios na indústria da moda internacional. Alguns fatores incluem:

*Estereótipos e conceitos errados:* Estereótipos e conceitos errados pré-existentes sobre África podem influenciar a forma como a sua moda é percebida, dificultando a aceitação generalizada.

*Falta de representação:* Historicamente, os designers e modelos africanos têm sido sub-representados nos principais eventos e publicações de moda, limitando a visibilidade.

*Apropriação Cultural:* Houve casos de designers internacionais que se apropriaram de elementos culturais africanos sem o devido reconhecimento ou compreensão, levando a controvérsias.

*Acesso aos mercados:* O acesso limitado aos mercados internacionais e às redes de distribuição pode representar desafios para as marcas de moda africanas que procuram reconhecimento global.

*Barreiras Comerciais:* As barreiras comerciais e os desafios logísticos podem impedir o bom fluxo dos produtos de moda africanos no mercado internacional.

Contudo, é importante notar que há um movimento crescente para quebrar essas barreiras. Muitos designers e influenciadores estão a promover ativamente a moda africana, desafiando estereótipos e defendendo a inclusão na indústria da moda global. A indústria está gradualmente a tornar-se mais receptiva à diversidade e riqueza da moda africana.

Pretende continuar seguindo a carreira de Miss?

Sim, contanto que eu possa.

Como é representar o seu país num concurso de beleza?

Representar o meu país num concurso de beleza é uma das minhas maiores conquistas, é uma experiência única e emocionante. Envolve mostrar não apenas minha beleza física, mas também inteligência, personalidade e carisma. Envolver-me em diversas atividades, entrevistas e performances, proporcionando uma oportunidade de promover a cultura e os valores do meu país num cenário global. Embora possa ser exigente e competitiva, a experiência oferece crescimento pessoal, a oportunidade de formar ligações duradouras e a honra de ser embaixador da minha nação.

Para você o que é ser Miss África?

Para uma pessoa que detém o título de Miss África, muitas vezes significa ser uma embaixadora cultural, promover a unidade e incorporar os valores e aspirações do continente. A Miss África normalmente serve como uma figura representativa, utilizando a plataforma para defender causas sociais, envolver-se em trabalhos de caridade e contribuir para mudanças positivas em África e não só. A função é uma oportunidade para inspirar outras pessoas, celebrar a diversidade e chamar a atenção para questões importantes que afetam o continente.

Que legado você quer deixar como Miss para o seu país?

Como rainha da beleza no meu país, aspiro deixar um legado de empoderamento, compaixão e mudanças positivas. Quero ser lembrado por promover a inclusão, quebrar estereótipos e inspirar outras pessoas a perseguirem os seus sonhos, independentemente das expectativas da sociedade. Através da defesa e do envolvimento comunitário, pretendo contribuir para causas significativas, deixando um impacto duradouro em questões como a educação, ajudando os deficientes físicos. Em última análise, o meu legado deve refletir uma dedicação em fazer uma diferença positiva nas vidas daqueles que me rodeiam e contribuir para a melhoria da minha comunidade e do meu país.

Que atributos uma Miss tem que ter para manter o título?

Para manter o título de rainha da beleza, é crucial incorporar equilíbrio e elegância, articular inteligência, envolver-se ativamente em projetos comunitários, manter um estilo de vida saudável, adaptar-se a diversas situações, exemplificar profissionalismo, valorizar a diversidade cultural, comprometer-se com uma plataforma ou defesa escolhida. Servir como um modelo positivo e lutar continuamente pelo crescimento e aprimoramento pessoal.

Você é fundadora de uma associação dedicada a defender crianças com problemas físicos, você pode nos falar mais sobre este trabalho? Como surgiu a ideia? E a sua importância dentro da sociedade gambiana?

Certamente!

Como fundador de uma associação dedicada à defesa de crianças com problemas físicos, a nossa missão é defender os direitos e o bem-estar das crianças que enfrentam problemas físicos na Gâmbia. A ideia surgiu de uma profunda preocupação com as necessidades muitas vezes negligenciadas destas crianças na nossa sociedade. Reconhecendo a importância da inclusão, a nossa associação pretende fornecer apoio, recursos e defesa para capacitar estas crianças e as suas famílias. Na sociedade gambiana, onde a sensibilização e os recursos para crianças com problemas físicos podem ser limitados, o nosso trabalho torna-se crucial na promoção de uma comunidade mais inclusiva e solidária. Ao abordar as suas necessidades únicas, esforçamo-nos por contribuir para uma sociedade que valoriza e garante os direitos de todas as crianças, independentemente das suas capacidades físicas.”

Por curiosidade, o que significa o seu nome?

O nome Binta é normalmente dado às mulheres e pode ser encontrado em várias culturas em todo o continente. O significado do nome pode variar, mas muitas vezes está associado a conceitos como bondade, amor ou gratidão, dependendo do contexto cultural.

Que país você gostaria de conhecer? Porque?

Eu gostaria de visitar o Canadá; Ouvi dizer que é um país pacífico e bonito.

O que você sabe sobre o Brasil?

Estou ciente de que o Brasil é o maior país da América do Sul e é conhecido por sediar o Carnaval, um dos maiores e mais vibrantes festivais do mundo.

Que cidade no Brasil você tem vontade de conhecer? E porquê?

Já ouvi falar de Salvador em filmes e adoraria visitar.

Sobre a sua carreira profissional qual pretende seguir?

Iniciei meus estudos de jornalismo, mas contrariamente às expectativas, minha paixão está na fotografia. Meu sonho é me tornar uma das melhores fotógrafas do mundo. Além disso, aspiro ser um dos maiores modelos produzidos pela Gâmbia, encontrando imensa alegria nesta busca. Olhando para o futuro, pretendo estabelecer a minha própria agência, com o objetivo de orientar e orientar jovens raparigas na indústria, ajudando-as a navegar nas suas carreiras.

Que melhor pensamento define você?

O pensamento que melhor me define é a crença de que o aprendizado contínuo e a adaptabilidade levam ao crescimento pessoal e a contribuições positivas.

Eu e toda a equipe da Magazine Le Afrique Style Brazil agradecemos, muito a oportunidade de fazer esta entrevista com você. Que mensagem você pode deixar para os nossos leitores da Europa, Continente africano e Brasil?

 Foi um prazer ter esta entrevista com você. Obrigado por me receber. Para todos que estão lendo isso, continuem se destacando no que fazem. Não pare, por mais desafiador que seja, porque quando as coisas ficam difíceis, só os difíceis continuam.  

Renée Knorr, Emma Oliveira, Tsion Bahru e Francess Mondeh.

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