COMPORTAMENTO O Amor, o que será?

Fotografia Polina Tankilevitch

Fotografia Polina Tankilevitch

O Amor, o que será?

Redação Le Afrique Brazil

Um sentimento puro, verdadeiro, e espontâneo, que nasce através de um simples olhar. Você sente o coração bater forte, uma sensação esquisita na barriga, um suor inesperado nas mãos. E uma voz trêmula estranha que sai de você, que nem você mesmo reconhece. Afinal, esses são alguns dos sintomas que sentimos quando nos deparamos com este sentimento. Só de ver a pessoa, parece que o nosso coração irá sair pela boca. Então, Começamos a sentir as pernas tremer, respiramos fundo para recuperar o fôlego e seguimos em direção ao amor.  Mas o que será, que muda depois que começamos a viver este sentimento?

Fotografia Polina Tankilevitch

As mudanças começam aparecer diante do medo de estar vivendo o amor? Ou diante da insegurança de que este sentimento poderá te aprisionar? Ou simplesmente por você não estar sabendo administrar este sentimento? São tantas perguntas para uma única resposta concreta. O amor é uma força potente que une as almas. Almas que se reconhecem a cada olhar, gestos, declarações e ações inesperadas com puro romantismo. Que apesar de estarmos vivendo uma era tecnológica com milhares de emojis, vídeos, imagens que se tornam públicas para impressionar os seguidores em busca de maior visibilidade na mídia. Ainda existe o amor verdadeiro que nos tira o chão e nos faz sonhar acordada a cada olhar parado nas lembranças dos encontros marcados com muitos beijos, abraços e declarações. Bem, este amor está cada vez mais difícil de se encontrar por aí. Ele está cada vez mais distante devido alguns sentimentos que estão cada vez mais forte nas relações. Transformando o que era para ser bonito, puro e verdadeiro para ser tóxico. A falta de respeito toma o lugar da admiração, empatia, junto a compaixão de estar no lugar do outro e aceitar que ninguém é perfeito o suficiente para ser do jeito que você quer. Aquele sentimento de admiração que existiu lá no início da relação já não existe mais. O que existe são os vários defeitos, as reclamações, mentiras, que fazem parte de um tipo de comportamento que hostiliza, a cada vez que o outro abre a boca para falar. O silêncio vira um escudo de defesa, que nos esconde para nos proteger de mais agressões seja ela física ou verbal. Não importa, qualquer agressão machuca a nossa alma. Logo a alma que é responsável por unir os dois corações, num sentimento verdadeiro e único que é o amor. Viver uma relação tóxica é, todos os dias tomar uma dose de veneno que envenena não só o corpo como o nosso próprio espírito. Que está atrelado a este sentimento que hoje é um abismo, uma escuridão. Se antes ele tinha cor e luz, aos poucos o seu brilho foi ficando fosco, que não conseguimos mais enxergar o que antes era bonito, um símbolo de luz que alimentava a alma, o corpo e o espírito. Poucos sabem que dentro da nossa espiritualidade a dor dos sentimentos são aquelas que mais demoram a cicatrizar e em outros casos nunca cicatrizam. A dor começa na alma e depois chega no corpo físico nos limitando a agir, com força, e coragem, para seguir em frente sem aquele nos fez sofrer. Este é apenas um dos momentos mais dramáticos que alguém pode viver dentro de uma relação tóxica, poluída de sentimentos destrutíveis onde um busca através da humilhação derrotar aquele que até então não estava preparado para viver uma decepção amorosa. Viver a decepção na vida faz parte do processo evolutivo humano. Mais estar vivendo isso dentro de uma relação amorosa é aos poucos deixar de acreditar que existe uma vida onde tudo é possível, inclusive de ser feliz. Acreditar em si mesmo é o primeiro passo em busca desta liberdade.

Porque estar vivendo uma relação tóxica é uma das piores prisões que alguém pode ter em vida. Acreditar na mudança do outro diante do perdão, é permanecer calado sem expectativas de uma vida melhor. É como deixar de sonhar, com uma vida cheia de novas possibilidades com você mesma (o). Não tem receita para seguir passo a passo dentro das alternativas prescritas que te salvam desta relação tóxica. Eu também não tenho uma resposta concreta para definir como sair ou se libertar. Porque quem está fora de uma relação à dois que esteja sendo tóxica, é muito difícil de encontrar o ponto em que culminou num resultado negativo. Mas tenha certeza absoluta que uma relação se constrói a dois, dentro de dois lados que cada um cultiva de sentimentos de um para o outro. Tudo tem os dois lados, duas vozes, duas visões, e duas escolhas. Cada caminho é construído com bases numa proposta para que cada um siga um caminho melhor, sem mágoas e ressentimentos. Isso é o que eu penso, mais na prática estamos vendo que a violência verbal, perdeu a força para a violência física. Como entender e até acreditar que aquele homem, que um dia disse; EU TE AMO. Hoje tem a coragem de dizer; Eu te odeio com todas as suas forças, e ser capaz de até tirar a vida, daquela que viveu e conheceu juntos o AMOR. Eu custo acreditar se de fato existia amor, ou era vaidade do ego para se sentir melhor vivendo uma história de amor e mentira. A vaidade é um dos sentimentos que não se casa com o amor, a mentira pior ainda. Não existe compatibilidade de sentimentos ruins, com um dos sentimentos mais bonitos que existe na humanidade. Penso que quem ainda não amou, vale a pena tentar e descobrir como é viver intensamente este sentimento. A vida é uma só, estamos aqui para conhecer e viver todos os sentimentos possíveis. Quem viveu terá lindas histórias para contar e recordar seja, momentos bons ou até aqueles equivocados que conhecemos como paixão. E para aqueles que estão vivendo um amor, sem ainda ter a coragem de definir se ficará vivendo, busque dentro de si mesmo o que verdadeiramente importa, que é ser feliz, ou fazer o outro feliz. E aqueles que vivem relações tóxicas, busque a cura. Não permita que o outro envenene o seu coração, e te faça deixar de acreditar que o amor existe. Se liberte e busque ser feliz, seja sozinha (o) ou com alguém. O importante é você se perguntar sempre. Será que é amor? Até a próxima edição.  

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