ROSE-MARIE BOUBOUTOU-POOS É uma das maiores escritoras da atualidade.

Rose- Marie Bouboutou-Poos.

Rose- Marie Bouboutou-Poos

ROSE-MARIE BOUBOUTOU-POOS

É uma das maiores escritoras da atualidade.

Redação Le Afrique

Rose-Marie Bouboutou-Poos é jornalista e escritora. Considerada uma das maiores escritoras da atualidade. A comunicação transforma, imagina um livro que traz uma fonte de informação para que você possa renascer de novo. Não é uma obra de auto ajuda, mais da compreensão de quem você é, diante da sua espiritualidade conectada à Deus. Uma obra que transforma a sua história de vida, através da sua percepção espiritual de si mesmo (a) com Deus. Nesta entrevista exclusiva para o Brasil, Rose-Marie nos conta através da sua história de vida a trajetória que à levou, a escrever esta obra. Embora alguns ache ser um diário de vida pessoal, a obra é praticamente uma revelação que te leva ao autoconhecimento de si mesmo. Cada indivíduo tem a sua identidade espiritual, passa por altos e baixos nesta busca por um entendimento, que não só lhe traga soluções, mais respostas que te levem a obter a sabedoria para lidar com as diversidades da vida. Rose-Marie foi muito mais além, com uma vida pautada ao sucesso, sofreu várias transformações que para ela, te impulsionaram para frente em busca de algo muito mais significativo e maior. Tanto que atualmente o seu trabalho é um símbolo desta experiência que ajuda milhares de pessoas nesta mesma busca.

Rose-Marie Bouboutou-Poos.

A mulher da palavra transformadora

Rose-Marie Bouboutou-Poos é jornalista e treinadora de carreira. Que desde de 2019 vem transformando e ajudando milhares de profissionais de origem africana ou africana da África, na Europa e nas Américas, com empregos na área executiva através da sua plataforma de coaching online.

“A prosperidade profissional é uma coisa maravilhosa e, é minha missão ajudar os outros a decodificar como fazer isso e viver a vida que foram chamados a viver”. Rose-Marie Bouboutou-Poos.

Com este pensamento a escritora tem em mãos e na mente as várias respostas que sondam as mentes daqueles que ainda não conseguiram trilhar esta rota de sucesso profissional. Rose- Marie é uma mulher que traz na sua bagagem profissional um curriculum que prova o porquê, dela ter sucesso, reconhecimento, e notoriedade no mercado de comunicação internacional.  Atualmente ela trabalha para o escritório regional da OMS na África Equipe de comunicação. Ela serviu anteriormente como consultora de Comunicação para a Equipe de Emergências no Escritório Regional da FAO na África Ocidental. Durante sua carreira como jornalista colaborou com a BBC Afrique, Jeune Afrique, Les Échos, Les Dépêches de Brazzaville, onde ela era a chefe adjunta do escritório de Paris. Rose-Marie tem mestrado em Jornalismo pela CELSA-Sorbonne, mestre em gestão de mídia de Sciences Po Paris, e mestrado em Assuntos Internacionais pela Universidade Americana de Paris.

A escritora

Atualmente ela é considerada uma das escritoras mais influentes da atualidade. Ela escreveu vários livros cristãos sobre carreira e finanças. Seus livros são uma revigorante mensagem sobre os fundamentos espirituais do desenvolvimento pessoal extraída da Bíblia.

ENTREVISTA

LAS – Quem é Rose-Marie Bouboutou-Poos?

RM – Sou esposa, mãe, irmã, mentora, ajudante, crente, empresária, sonhadora, tantas coisas!

LAS – Onde você nasceu?

RM – Nasci e cresci na França, de pais congoleses.

LAS – No passado “Você estava com raiva, com nojo de Deus” por quê?

RM- Eu era mesmo porque me achava uma “pessoa legal”, acreditava que Deus é todo-poderoso e poderoso e achava que Ele estava sendo mal e injusto por não resolver meu problema de desemprego quando Ele tinha a capacidade de fazê-lo em uma fração de segundo.

LAS – Como você superou essa raiva e revolta com Deus?

RM- Aprendi muito sobre Deus, sobre mim, no processo acabou o desemprego prolongado que eu enfrentava, agora estou em condições de ajudar as pessoas que estão enfrentando a mesma dolorosa experiência do desemprego de longa duração e então entendi que tudo aqueles anos de sofrimento pelos quais passei foram apenas um processo de aprendizado.

LAS – Que ensinamentos você aprendeu durante esta experiência espiritual?

RM- Tantos! E a beleza é que continuo aprendendo todos os dias com meus mentores espirituais e faço o meu melhor para também ensinar e orientar os outros. Os principais princípios que aprendi durante essa saída do desemprego são o que coloquei em meu livro que será lançado em breve em inglês e o processo que conduzo as pessoas que estão se inscrevendo em meus programas de coaching de carreira. Começa conhecendo sua identidade como filho de Deus, deixando de lado a amargura e perdoando a si mesmo – aos outros – Deus, divorciando-se com reclamações e cuidando do que você diz: o poder da declaração, renovando sua mentalidade: libertando-se de falsas crenças, construindo seu interior alimentando-se adequadamente por meio do que ouve, lê ou assiste/vê, pedindo perdão por quaisquer erros e fazendo uma escolha consciente de mudar caminhos, praticar a gratidão, ter uma visão clara de quem você é, o que você quer e o que você valem: o poder da visão e, eventualmente, dominar o jogo do emprego e as técnicas de procura de emprego. Para as pessoas que conhecem um pouco sobre desenvolvimento pessoal, deve soar muito familiar. E é normal que muitos princípios de desenvolvimento pessoal tenham sua origem na Bíblia. O que faz sentido: Deus foi o primeiro “desenvolvedor pessoal” ou treinador de desenvolvimento pessoal ajudando as pessoas a trazerem ao mundo o potencial escondido nelas na criação. A beleza de aprender o princípio de Deus para o sucesso é que é como andar pela vida com o plano de Deus e a folha de dicas para finanças, casamento, trabalho, etc. E, literalmente, se você seguir o plano de jogo, não poderá falhar!

LAS – Você já teve alguma experiência espiritual mística com Deus? Você pode me dizer?

RM- Eu tive alguns. Na minha juventude um sentimento muito forte e claro da presença de Deus. E uma experiência quando eu estava lutando contra o desemprego. Eu estava rezando em um comício católico na época. E senti o amor de Deus por mim de uma forma muito concreta. Começou a encher meu coração. Eu estava muito deprimido na época. E continuou enchendo e enchendo tanto meu coração que meu coração estava cheio, mas continuou derramando mais e mais em meu coração e começou a transbordar. Eu podia sentir fisicamente essa sensação do meu coração se enchendo como um balão que você enche de água até não aguentar mais líquido.

LAS – Como surgiu a ideia de escrever sua primeira obra?

RM- Escrevo desde criança. Assim que eu pudesse escrever, na verdade. Escrevi poemas, alguns livros infantis. Parei em um estágio posterior da vida, mas ficou claro que o Criador havia incutido algo relacionado à escrita quando Ele me jogou neste mundo. Então, para o meu primeiro trabalho adulto, veio a mim como um fogo queimando dentro de mim que eu deveria compartilhar o que aprendi nesse processo de sair do desemprego. As ideias continuaram fluindo para mim e eu apenas tive que escrevê-las. Era como se o livro estivesse sendo ditado para mim. Isso também foi uma experiência bastante espiritual!

LAS – Você tinha ideia do grande sucesso que viria com esse trabalho?

RM- Absolutamente não! Eu tinha uma visão clara do impacto que queria causar na vida das pessoas. Mas me surpreendo a cada dia com os testemunhos que as pessoas compartilham e com os resultados que vejo se desdobrando diante dos meus olhos na vida dos participantes do programa de coaching. Como eles começam desanimados, abatidos por suas circunstâncias e como, para alguns, após apenas uma semana, aquela em que focamos na mentalidade, a carga pesada se foi: eles estão felizes, enérgicos, otimistas, prontos para enfrentar desafios. E logo oportunidades suficientes começam a chegar até eles. Funciona como mágica, mas apenas a mágica de Deus.

LAS – Você consegue definir seu estilo literário? Qual seria? E porquê?

RM- Meu estilo literário é muito jornalístico. É claro e simples. Sem enrolação. Apenas tentando quebrar conceitos que às vezes podem ser difíceis de entender. Quero que as pessoas entendam claramente e sejam capazes de realmente implementar enquanto leem.

LAS – O que você pode nos dizer sobre sua fé cristã?

RM- Eu sou crente desde a infância, mas minha fé evoluiu e amadureceu – espero. Agora estou mais fundamentado. E tenho a sensação de que posso enfrentar literalmente qualquer tempestade porque lutei – e venci – tantas batalhas, recomecei tantas vezes, que não tenho mais medo de muitas coisas.

LAS – Seu pensamento ainda é o mesmo?

“Rezamos e esperamos que Deus faça tudo. Os problemas são culpa dos magos da família. A todo momento estamos em reclamações, acusações, auto justificações. E essa é a fórmula infalível para o fracasso. Gostaria de provocar uma mudança de mentalidades”, sublinha Rose-Marie Bouboutou-Poos. Porque?

RM- Sim, ainda penso o mesmo. Muitas pessoas gastam mais tempo acusando, culpando, apontando o dedo para todo mundo do que realmente trabalhando para trazer as mudanças que desejam em suas vidas. É o tio ou tia bruxa da aldeia, é o governo, é minha esposa, é o vizinho, meu chefe ou meus colegas, mas eles nunca se responsabilizam por suas ações. 100% da sua vida nem sempre pode ser culpa de outra pessoa. O que VOCÊ fez ou não fez, o que VOCÊ disse que causou ou permitiu que essa situação acontecesse? Na psicologia moderna, essa atitude é chamada de “local de controle externo” e está associada a menos sucesso na vida.

Rose-Marie Bouboutou-Poos.

LAS – Você é jornalista-escritora, como concilia essas duas profissões?

RM- A conexão está escrevendo. Adorava escrever desde criança e era quase natural que optasse por uma profissão onde a escrita é o pilar. Muitos jornalistas estão escrevendo livros, então não sou uma exceção. E escrevo sobre temas que me são caros: espiritualidade, desenvolvimento pessoal cristão, princípios de Deus para o trabalho, finanças etc.

LAS – Qual foi o período mais crítico que você viveu em sua vida? Como superou esta fase difícil?

RM- Eu tive tantos! Quando perdi meu pai na adolescência, fiquei fora do trabalho por tanto tempo, fui reprovado no exame da ordem… mas gostaria de compartilhar uma experiência dolorosa que tive há 7 anos. Finalmente, pela primeira vez, encontrei um emprego que correspondia às minhas aspirações e diplomas. Mas o orgulho começou a surgir. Eu não pensava mais que tinha encontrado este emprego pela graça de Deus, mas porque eu era muito inteligente e trabalhadora. Então Deus meio que apertou o botão de reset. Eu perdi tudo. Aquele trabalho. O namorado que eu namorava na época. A minha saúde. Minha condição social. Tudo. Cada certeza que eu tinha nessa palavra que não começou por Deus pode ou Deus tem, foi virada. As conexões que pensei que poderiam me ajudar viraram as costas para mim. Foi muito doloroso. Eu precisava de ajuda para que Deus conectasse com pessoas especiais alguns Coaches Cristãos que se tornaram meus mentores espirituais: Coach Lady Sonia, Coach Debra Konmeni, Coach/Pastora Martine Wilkie. Com eles, Deus terminou a reinicialização. Depois de trazer tudo o que você precisa para construir de volta e essas mulheres incríveis realmente ajudaram no processo.

LAS – Escrever essas obras foi, de certa forma, uma porta que se abriu para você se tornar treinador?

RM- Com certeza! Depois de escrever o livro sobre como superar o desemprego, senti que faltava alguma coisa. Quis dar mais para as pessoas e mostrar passo a passo de forma simples e prática como implementar o que foi desenvolvido no livro. Eu realmente queria quebrá-lo para as pessoas. Eu estava orando muito na época, declarando sobre o meu destino. E um dia foi como se uma lâmpada acendesse em minha mente. Tive uma ideia muito clara das diferentes etapas do programa de coaching. Apresentei a ideia aos treinadores que conhecia na altura e todos gostaram, por isso continuei. Essa foi minha primeira carreira como treinador em setembro de 2019 por 21 dias e o resto é história.

LAS – Você fala muito sobre um relacionamento mais íntimo que devemos ter com Deus. Como você pode descrever esse relacionamento?

RM- É como um relacionamento com um companheiro ou familiar próximo. Na Bíblia, você vê Deus falando de si mesmo como um marido ou como um pai. Sei que alguns maridos ou pais são disfuncionais, mas Ele não é desse tipo. Imagine o marido ou pai ideal, do tipo que você vê em filmes ou romances. Agora o que seria? Você falaria com essa pessoa sempre que pudesse, ele seria o primeiro com quem você falaria quando recebesse uma boa notícia para compartilhar a alegria ou uma má para buscar conforto, você compartilharia suas esperanças e sonhos, bem como sua medos mais profundos com essa pessoa, você não temeria baixar a guarda ou ser vulnerável com essa pessoa, etc. Você apenas se sentiria confortável sendo você mesmo e deixando essa pessoa entrar em seu espaço. E essa pessoa também deixaria você entrar no espaço dele e compartilharia alguns segredos com você. É a isso que me refiro quando digo ter um relacionamento íntimo com Deus.

LAS – Você me disse que gosta do Brasil, aprendeu até a tocar pandeiro. Lá no Brasil temos um alto índice de diversas formas de discriminação, seja social, racial ou religiosa. Uma vez você disse que não era fácil ser negro na França. Você pode falar mais sobre esse assunto?

RM- Quando fui confrontado com racismo prolongado e não consegui encontrar um emprego que correspondesse aos meus diplomas, a única explicação que encontrei foi que estava sendo discriminado. E mesmo que as estatísticas discriminadas por raça sejam proibidas na França, então não podemos nem medir o quão generalizado é o racismo, é claramente mais difícil encontrar um emprego ou moradia na França se você for negro ou árabe ou tiver um sotaque africano ou árabe, ou se você vem de alguns bairros etc. Na época, eu era semana porque não tinha outra identidade senão ser francesa. E meu próprio país estava me rejeitando porque eu “não era francês o suficiente”. Onde quer que você vá, as pessoas sempre lembram que você é um estrangeiro com aquela pergunta aparentemente inocente: “de onde você vem?”. Eu venho da França: nasci lá. Eu não vim”. Isso foi muito doloroso. Na verdade, eu era muito consciente do racismo desde muito jovem. Sempre perguntando aos meus pais: “por que não tem preto?” nos lugares onde íamos. Minha primeira experiência com o racismo foi na escola primária, uma mulher adulta se aproximou de mim e me disse na minha cara – e ela estava muito perto – que não gostava de “pessoas como eu” e “todos devemos voltar de onde viemos”. Eu era apenas uma criança!

LAS – Voltando ao seu trabalho, que eu particularmente acho incrível em vários aspectos da vida. Você acredita no poder das forças espirituais?

RM- Eu acredito que o mundo é antes de todas as coisas espirituais. As forças espirituais estão definitivamente trabalhando para o bem e para o mal. É uma guerra feroz.

LAS – Qual é a sua opinião sobre como enfrentar uma tribulação e ainda ter forças para superar tudo isso?

RM- Aprendi por experiência que tem que haver um teste antes de poder testemunhar. Então agora, pode parecer estranho ou contra-intuitivo, mas eu me alegro diante da tribulação. Eu sei que se eu conseguir manter a calma, a batalha está meio ganha. E um dos meus versículos bíblicos favoritos é Romanos 8:28: “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. No “todos” está o bom, mas também o mau, o pior, o terrível e tudo o que se interpõe.

LAS – A fé é algo muito pessoal e íntimo de cada indivíduo. Na sua opinião, o que pode ser bom ou ruim dentro de uma busca espiritual pelo autoconhecimento?

RM- O bom seria aprender a fortalecer a si mesmo e aos outros, o ruim seria qualquer coisa que pudesse prejudicar os outros.

LAS – Você acredita que o impossível pode se tornar possível? Porque?

RM- Sim, acredito fortemente que sim, porque experimentei isso em muitas áreas da minha vida e vejo pessoas em meus programas de coaching também experimentarem o que sou possível. Gabriel que passou de zero a staffer na equipa do governador mais influente do Congo, Josiane que tinha um hiato de 10 anos no currículo mas conseguiu um emprego como Diretora Executiva de uma ONG no Senegal ou Yasmine que não tinha experiência anterior e não CV até no conselho da agência pública de empregos, mas foi contatado para um emprego! Com todos esses exemplos, como eu poderia não acreditar que o impossível pode se tornar possível?

LAS – Uma curiosidade você acha que o desemprego é uma maldição? E como superar essa maldição?

RM- Eu precisava de um título chamativo mas se não necessariamente é uma maldição no sentido de alguém praticar magia negra em você para que você não funcione, eu acho que é uma maldição porque está matando a autoestima das pessoas, destruindo famílias e destinos. Nesse sentido sim, é uma maldição.

LAS – Você mencionou uma vez a importância da revista afro-americana Ebony em sua vida. Achei uma coincidência incrível para mim, que também foi um divisor de águas, na época eu tinha apenas 16 anos quando tive um exemplar em mãos. Embora eu não soubesse ler inglês na época, achei ótimo ver aquelas lindas mulheres negras em uma revista só para elas. E com você Rose-Marie, como foi essa experiência?

RM- Oh Ebony, também foi um divisor de águas para mim. Enquanto eu explicava essa experiência de racismo e rejeição por seu próprio país, também foi extraordinário para mim ver homens e mulheres negros não apenas bonitos, mas também inteligentes, ricos e poderosos página após página após página em uma revista. Os únicos negros que vi na mídia na França eram estrelas do esporte ou empregadas domésticas, agentes de segurança, coletores de lixo, operadores de fábricas. Nenhum exemplo de juízes, políticos, empresários, estrelas de cinema… a única prova que eu tinha na esfera pública de que tais pessoas existiam era a Ebony Magazine. Havia um ótimo anúncio de uma empresa de cosméticos nas diferentes edições: “é para quem somos e para o que precisamos”. Foi nessa revista que me senti compreendido. Elevou minha autoestima.

LAS – Você também disse que sofreu muito racismo. Me conte sobre esse período da sua vida?

RM- Mas basicamente toda luta é mais complicada quando você é negro. Conseguir um emprego, alugar um apartamento. Você tem que se controlar constantemente para não ser visto como “negro demais” ou “africano demais”. Esteja atento ao seu cabelo, à maneira como se veste, à maneira como fala, aos seus gostos culinários ou musicais, até mesmo aos seus momentos de lazer. Você deve verificar a si mesmo o tempo todo quando estiver em um “ambiente predominantemente branco”. Você nunca pode ser você mesmo, nunca pode baixar a guarda. A “troca de código” é real. E, é exaustivo.

LAS – Que conselho você daria para uma pessoa que sofre ou já sofreu racismo?

RM- Eu diria trapacear, trocar de código o máximo que puder, mesmo que seja assustador. Seja o melhor no que faz, pelo menos tão bom que não possa mais ser definido pela raça. E construir uma identidade forte. Aprenda sobre a história de sua raça, sua família, encontre modelos que você pode admirar e que podem inspirá-lo.

LAS – A seu ver, existe alguma solução ou medida que possa mudar essa visão e comportamento de discriminação racial?

RM- Acho que a maior parte vem da ignorância. Então se expondo a outras pessoas, outras culturas, aprendendo sua história, a história do mundo, a história do seu país, aprendendo economia e como ela funciona. Basicamente, apenas mais conhecimento.

LAS – A Magazine Le Afrique Style Brasil é a primeira revista do Brasil que traz o continente africano para o Brasil. Ou seja, estamos fazendo uma conexão cultural de inclusão social, onde também podemos estabelecer novos valores de oportunidades econômicas entre os países. A África pela primeira vez está tendo um espaço descrito pelos próprios africanos que nos apresentam a verdadeira África. Que mensagem você pode deixar para nossos leitores brasileiros? Que estão conhecendo você e a importância do seu trabalho, que ficará como um grande legado na história da humanidade.

RM- Venho do extinto Reino do Congo que se estendia pelo Gabão, República do Congo, República Democrática do Congo e Angola. É uma linha reta de navegação de e para o Brasil e os portugueses foram os primeiros colonizadores deste Reino, levando muitas pessoas à escravidão do outro lado. Então você pode não estar ciente, mas muitos brasileiros têm sangue congolês correndo em suas veias. Na verdade Zumbi era um Nganga, portanto um curandeiro na tradição congolesa. Lembro-me de uma anedota muito comovente onde alguns colegas quando eu trabalhava para um jornal congolês foram a Salvador da Bahia para uma exposição sobre a dança tradicional Kebe-Kebe. Eles organizaram uma conferência e vieram brasileiros que falavam uma língua que eles entendiam e que era passada de geração em geração. Então, como brasileiros, gostaria de encorajá-los a estudar a história e a cultura do Kongo e visitar qualquer um dos países modernos que atravessam as fronteiras deste antigo reino, para reparar o vínculo que foi quebrado há muitos séculos pelo tráfico de escravos e colonização.

Onde Encontrar o livro de Rose-Marie Bouboutou-Poos.

LINK: https://www.amazon.fr/Rose-Marie-G-Bouboutou-Poos/e/B07VG4KJ35/

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Rose-Marie Bouboutou-Poos.

ROSE-MARIE BOUBOUTOU-POOS
She is one of the greatest writers of our time.

Le Afrique newsroom

Rose-Marie Bouboutou-Poos is a journalist and writer. She is considered one of the greatest writers of today. Communication transforms, imagine a book that brings a source of information so that you can be reborn again. It’s not a work of self-help, more of understanding who you are, in the face of your spirituality connected to God. A work that transforms her life story, through her spiritual perception of herself with God. In this exclusive interview for Brazil, Rose-Marie tells us through her life story the trajectory that led her to write this work. Although some think it is a personal life diary, the work is practically a revelation that leads you to self-knowledge. Each individual has their own spiritual identity, they go through ups and downs in this search for an understanding that not only brings you solutions, but also answers that lead you to obtain the wisdom to deal with life’s diversities. Rose-Marie went much further, with a life guided by success, she underwent several transformations that, for her, propelled you forward in search of something much more significant and greater. So much so that her work is currently a symbol of this experience that helps thousands of people in this same quest.

The woman of the transforming word

Rose-Marie Bouboutou-Poos is a journalist and career coach. That since 2019 she has been transforming and helping thousands of professionals of African or African descent from Africa, in Europe and the Americas, with jobs in the executive area through her online coaching platform.

“Professional prosperity is a wonderful thing, and it is my mission to help others decode how to do it and live the lives they were called to live.” Rose-Marie Bouboutou-Poos.

With this in mind, the writer has in her hands and in her mind the various answers that probe the minds of those who still haven’t managed to follow this path of professional success. Rose-Marie is a woman who brings in her professional baggage a curriculum that proves why she has success, recognition, and notoriety in the international communication market. She currently works for the WHO Africa Regional Office Communications Team. She previously served as a Communications Consultant for the Emergency Team at the FAO Regional Office in West Africa. During her career as a journalist she collaborated with BBC Afrique, Jeune Afrique, Les Échos, Les Dépêches de Brazzaville, where she was the deputy head of the Paris bureau. Rose-Marie holds a Master’s in Journalism from CELSA-Sorbonne, a Master’s in Media Management from Sciences Po Paris, and a Master’s in International Affairs from the American University of Paris.

The writer

She is currently considered one of the most influential writers of today. She has written several Christian books on career and finance. Her books are a refreshing message about the spiritual foundations of personal development drawn from the Bible.