Literatura africana com Marcos Boni Teiga.

Marcus Boni Teiga

A Verdade da África Ancestral!

Redação Le Afrique Brazil

Existem inúmeras histórias perdidas durante séculos ocultas da humanidade. E a história do povo africano é uma delas, que aos poucos estão sendo reveladas, descobertas e trazida a este novo século pelo escritor e jornalista Marcus Boni Teiga que é também um dos antiquistas e maiores especialistas em estudos núbios. Vencedor do Prémio Internacional Imhotep em 2014 na Feira Pan-Africana do Livro em Bruxelas pelo seu conjunto de trabalhos sobre a antiga Núbia, vencedor da bolsa Reuters em jornalismo em 1994 e Reuters Fellow no Centro de Estudos de Média da Universidade Michel de Montaigne de Bordeaux 3, na França, foi Secretário Geral da Comunidade Nacional de Culto Vodu e Religiões Tradicionais do Benin no final da década de 1990. Desde 2014, reside em Espanha, mas continua a sua investigação centrada na antiga África Negra, ao mesmo tempo que dá conferências em vários países, particularmente em África e na Europa. Marcus Boni Teiga descreve cada uma delas em suas obras.

Vamos Conhecer? A África Negra.

Por Marcus Boni Teiga.

BURKINA FASO-GANA – As origens dos alces e dos povos afins.

A história das origens próximas e distantes dos alces é muito mais complexa do que parece à primeira vista. Burkina Faso, onde surgiram os seus reinos, é apenas o culminar de um longo e perigoso empreendimento de conquista que começou no Vale do Nilo e mais precisamente em Napata, na Núbia. Se sabemos muito pouco no estado atual da documentação e do conhecimento sobre as motivações destes migrantes e conquistadores que dominaram a arte equestre, por outro lado um estudo cruzado de fontes orais e escritas permite agora traçar melhor o seu percurso. Depois de terem percorrido todo o Vale do Níger, cruzando-se continuamente através das suas migrações e conquistas, os últimos descendentes dos Proto-Alces estabeleceram-se definitivamente no Norte do Gana que é o berço original dos Alces e de muitos outros povos parentes do Burkina Faso.

Dicionário de Conceitos Egípcios Antigos

As provas indeléveis de A a Z de que os antigos egípcios eram negros de África.

No noroeste do Benim, os Natemba constituem ainda a prova viva desta cultura paleolítica cuja língua bem preservada ainda nos permite decifrar, ler e compreender o léxico do antigo egípcio. Tal como a linguagem litúrgica do Yoga, que é a da mais antiga civilização indiana e dos antepassados dos Dravidianos do Sul. Mesmo que ainda não saibamos muito, várias fontes concordantes indicam que grandes convulsões sociopolíticas ocorreram no Vale do Nilo por volta de 10.000 anos AC. Consequência: ondas de migrações partiram para ocupar outros locais do mesmo tipo, neste caso o Vale do Eufrates, o Vale do Indo e o Vale do Lago Chade. O mais surpreendente nesta extraordinária aventura humana é que a antiga Núbia (Pré-Kerma) e o antigo Egito (Pré-dinástico) herdaram sucessivamente a mesma linguagem litúrgica falada por estes grupos de humanos, alguns dos quais se estabeleceram nestas novas e distantes terras.

DICIONÁRIO DE NOMES ANCESTRAIS DO EGITO ANTIGO – Faraós, Rainhas, Princesas, Príncipes.

Nos tempos antigos, na África Negra, bem como em quase todo o mundo, o nome de uma criança nunca era atribuído ao acaso. Não mais do que aquilo que alguém dá a um soberano ou que ele mesmo dá. Enquanto alguns egiptólogos e outros especialistas, em sua maioria ocidentais, continuam argumentando e negando que a brilhante civilização do antigo Egito tenha sido construída pelos negros – apesar das evidências acumuladas em sua maior parte por muitos renomados egiptólogos ocidentais -, Marcus Boni Teiga destaca neste Dicionário os nomes ancestrais do antigo Egito através dos nomes de A a Z de Faraós, Rainhas, Princesas e Príncipes, Nobres e outros; a evidência clara de que antes das várias invasões estrangeiras dos persas, gregos e romanos, os antigos egípcios eram de fato negros e originários da antiga Núbia.

ISRAEL ANTIGO As origens dos sacerdotes Yahoud e o nascimento do Judaísmo.

Assim como a brilhante e extraordinária civilização do antigo Egito não nasceu ex nihilo, o Judaísmo não é fruto de uma geração espontânea, inerente à saída dos hebreus do Egito. Carrega em si uma herança ancestral específica do Vale do Nilo, cujas raízes distantes e profundas se encontram no que chamo de Civilização Calabash, a primeira Civilização do Vale do Nilo. Aquele mesmo ao qual o Egito pré-dinástico, bem como a Índia iogue, devem os fundamentos de sua espiritualidade, muito antes do nascimento do Egito faraônico. Em qualquer caso, as palavras e conceitos religiosos expressos tanto no Mdw Ntr ou Medou Netjer (a língua sagrada) pelos sacerdotes Ouab ou outros do antigo Egito, bem como no judaísmo pelos sacerdotes Yahoud mais tarde na Judéia, aparecem como o trabalho exclusivo desta primeira civilização que é, no entanto, se não completamente, pelo menos em grande parte desconhecida.

NUBIA E A MIGRAÇÃO DE KISSIRA

Será uma das consequências das crises sócio-políticas da época no Vale do Nilo ou melhor, na Mesopotâmia? Ou deveríamos associá-lo ao Último Grande Aquecimento Global que impactou o Sahara e mudou o curso da História do Continente Negro por volta de 2100 AC? A Migração Kissira é uma das migrações mais importantes faladas por vários povos da África. Não só porque está na origem de numerosas e retumbantes convulsões sociais, culturais, políticas e económicas; mas também e sobretudo pela sua importância fundadora para muitos povos actuais, particularmente na África Central e Ocidental. Porém, em sua memória coletiva, eles não guardam muitas lembranças, exceto alguns fragmentos. Além da abundante literatura oral que Marcus Boni Teiga invoca a este respeito, o autor também se apoia nos escritos de exploradores e historiadores profissionais e renomados. E não se contenta apenas em credenciar a Migração Kissira: também disseca e analisa os contextos históricos, as cronologias, os diferentes movimentos migratórios, as fontes orais para evidenciar os óbvios laços de parentesco entre as línguas e os costumes dos povos do Migração de Kissira e do Vale do Nilo da era pré-faraônica ou pré-dinástica. Uma viagem fascinante ao coração da oralidade africana até aos tempos mais antigos e até imemoriais.

BENIN – Entenda a governança de Patrice Talon em 100 perguntas e respostas.

Como é que o empresário Patrice Talon, classificado em 2015 e 2019 como a décima quinta pessoa mais rica da África francófona pela Forbes África, construiu a sua fortuna? Como é que ele se tornou o braço financeiro do regime do antigo Presidente Boni Yayi antes de ser forçado a fugir do Benim para se refugiar em Paris e se envolver num activismo sem precedentes, tornando-se assim o “Controlador Remoto” dos atores sócio-políticos do Benim? Como conseguiu ser eleito Presidente da República contra o banqueiro empresarial franco-beninense Lionel Zinsou? Através de que estratagema o Presidente Patrice Talon transformou gradualmente as instituições da República em instituições ao seu próprio serviço? Como Patrice Talon assinou a certidão de óbito da “Renovação Democrática” para tornar o “Laboratório da Democracia em África” novamente um “Laboratório da Ditadura”?

FLAMENCO – música andaluza com raízes indo-africanas.

Através desta obra, Marcus Boni Teiga explora o enigma das origens do Flamenco, gênero musical tombado como Patrimônio Mundial desde 2010. Sem negar suas influências puramente indígenas, bem como aquelas herdadas da presença de árabes, judeus e negros escravos ou libertos. Na Andaluzia em determinados períodos do seu rico passado, mostra que esta arte musical é específica dos ciganos de Espanha, tal como surgiu no século XVIII. Mas, além disso, com elementos de comparação e evidências de apoio, ele disseca a História dos Ciganos para indicar as origens mais antigas do Flamenco em ligação direta com a chegada dos ancestrais dos Dravidianos ao subcontinente indiano, vindos precisamente do Egito. -Vale Núbio entre 15.000 e 20.000 AC. Muito antes mesmo do surgimento da Civilização Faraônica no Vale do Nilo e da Civilização Harappan no Vale do Indo. Do atual Flamenco em Espanha ao antigo Slam na África Negra, passando pelo Kathak na Índia, traça uma longa, surpreendente e fascinante viagem que combina história complexa e música variada, mas também países e pessoas de vários continentes.

O Sao do Lago Chade – Uma civilização antiga e misteriosa no centro da África Negra.

Marcus Boni Teiga sempre foi fascinado pelo Chade, pela diversidade do País e do seu Povo. As suspeitas das origens chadianas dos seus antepassados distantes, os Povos da Migração Kissira, cujo trânsito pelo Lago Chade não deixa sombra de dúvidas, transformarão este fascínio em paixão. E, ao continuar a sua investigação, acabará por fazer uma descoberta surpreendente, nomeadamente que o significado do nome dos Sao – os mais antigos povos conhecidos do Lago Chade – é exatamente o mesmo que em Nateni, a língua dos Natemba que são parte integrante dos Povos Migratórios de Kissira. Ao apoiar-se nesta linguagem, reexaminou ponto a ponto a documentação acumulada por numerosos investigadores no Sao para finalmente fornecer neste trabalho as provas de que o julgamento feito por certos linguistas ou egiptólogos contra Cheikh Anta Diop a respeito da sua comparação entre o antigo egípcio e as línguas negro-africanas são apenas um mau teste. Melhor ainda, confirma esta afirmação do estudioso senegalês de que os Sao já estavam bem e verdadeiramente estabelecidos no Lago Chade, pelo menos 2.300 anos antes de Jesus Cristo.

EGITO ANTIGO E VALE DO NILO: A história oculta da origem negro-africana dos egípcios.

A história do antigo Egito é inseparável da dos povos do Vale do Nilo e, em particular, dos da Núbia. Este ensaio vira e vira as páginas da história da África antiga para registrar o nascimento da brilhante e extraordinária civilização faraônica na continuação dos pioneiros da Núbia. Valendo-se de todas as ciências e conhecimentos disponíveis, o autor aborda, com método e argumentação, o igualmente fascinante e controverso tema da origem dos antigos egípcios. Acrescentando a este debate, que já dura vários séculos e continua forte, novos elementos tanto do ponto de vista linguístico como filológico. E para concluir, como no passado, sem deixar qualquer dúvida possível, à origem francamente negro-africana dos antigos egípcios.

HERANÇA – O LEGADO DA ÁFRICA NEGRA À GRÉCIA E ROMA ANTIGA.

A África Negra não era um grande buraco negro, pois muitos acreditavam que teriam de se esforçar muito para apresentá-lo num determinado momento. Por razões ulteriores. A África Negra foi, pelo contrário, uma terra onde se desenvolveram numerosas civilizações, das quais as mais conhecidas e famosas continuam a ser as da antiga Núbia e do Egito. PATRIMÔNIO O legado da África Negra à Grécia e Roma antigas lança uma nova luz, com evidências de apoio, sobre o que a Europa em particular e, ainda mais antigamente, a Grécia e Roma antigas devem como legado a este continente em campos tão variados como: escrita, literatura, filosofia, medicina, matemática, escultura, moda, arquitetura, música, esportes, lazer, administração territorial, organização democrática… Como que para demonstrar, detalhadamente, ao contrário do que uma ideologia com fortes conotações “racistas” nos levou a acreditar para há muito tempo que o legado dos povos da África negra a muitas outras civilizações em todo o mundo foi de capital importância nos vários progressos alcançados pelo génio humano, que o génio habita então todos os homens na terra independentemente da cor da sua pele, e que finalmente estes povos dos quais às vezes quisemos negar até que a humanidade fosse até pioneira em muitos campos, na verdade.

Onde Encontrar:

ENLACE AUTOR/ AUTHOR LINK/ LIEN AUTEUR: https://www.editions-complicites.fr/pages-auteurs/marcus-boni-teiga/

ENLACE DE LA LIBRERÍA/ BOOKSTORE LINK/ LIEN LIBRAIRIE: https://www.mollat.com/Recherche/Auteur/0-11375163/marcus-boni-n-pienikoua-teiga

#literaturaamcestralafricana #literatureafrican #literature #litaraturaafricana #livrosafricanos #leituraafricana #leituraancestral #africa #áfrica #african #benin #ancestralidadeafricana #pesquisaafricana #revistadigital #revistaafricana #magazineleafriquestylebrazil #marcusboniteiga #brasilafrica #africabrasil #viajenaleitura #travel #viagem #turismonaafrica