Josephine Maxwells
A moda africana autoral de Josephine Maxwells em Ghana.
Redação Le Afrique Brazil
A moda africana autoral criada por Josephine Maxwells vai mais além do que uma manifestação de criatividade. Ela envolve todos os processos da construção de cada peça. Tentar descrever os seus talentos profissionais, é poder encontrar várias mulheres numa única mulher. Josephine Maxwells é designer de moda, estilista de moda e diretora de televisão. Uma mulher jovem que vem construindo uma carreira de sucesso na África. Com apenas 28 anos, ela nos descreve a sua principal personalidade de mulher. Ela, diz; sou vibrante, inovadora, altamente dinâmica, dedicada e automotivada. Sou muito crítica com os problemas, presto atenção aos detalhes, possuo elevada habilidade de relacionamento interpessoal, tenho a capacidade de atingir os resultados desejados e trabalho de forma eficaz sob pouca ou nenhuma supervisão. Josephine é excepcional, custa até acreditar que ela existe diante de tantas referências que ela traz e traça nos caminhos que estar trilhando.
“Estou bem equipada nas práticas de Design de Moda e Produção Televisiva, tenho conhecimento, habilidade e capacidade de criar meus próprios trabalhos de forma eficaz e eficiente.”
Ela é de Taviefe – Dzefe, uma cidade não muito longe de Ho, na região do Volta, em Ghana, na África Ocidental. Começou a sua trajetória profissional no Instituto Nacional de Cinema e Televisão em Accra para cursar a sua primeira graduação em Belas Artes (Produção Televisiva). Após a formatura, ela fez o seu serviço nacional na Ghana Broadcasting Corporation, Kanda – Accra. Depois disso, ela foi para a Joyce Ababio College of Creative Design, também em Accra, para fazer um curso certificado de um ano em design de moda.
Atualmente ela trabalha como diretora de televisão em uma emissora de TV e ao mesmo tempo como design de moda e estilista em moda feminina.
O que move Josephine Maxwells?
Embora ela seja uma jovem mulher, ela também nos revela atributos que fazem parte da sua mais pura essência humana. Ela nos revela, que: Sou uma Faithologist… uma crente firme, de que tudo ficará bem quando você se esforçar e entregar seus caminhos à força suprema que controla a terra (Deus). Sou uma otimista… sempre vejo o lado bom das coisas. Entusiasta da Arte… qualquer coisa da arte me excita, Color Freak… cores são minha obsessão, Perfeccionista… presto atenção aos detalhes, Maximalista… Acredito que mais é mais, e Inconformista…. Normal é chato, por isso eu sempre vou além.
Uma pausa para damos boas risadas…. Desta menina mulher autêntica firme, sem papas na língua.
O seu entusiasmo pela vida e esta força estranha que habita dentro dela, é pura inspiração para as futuras gerações de mulheres africanas. Ela tem muito orgulho das roupas, de sua versatilidade e multifuncionalidade. Adora fotografia, televisão, os estilos de moda que mais entusiasmam são os artísticos e góticos.
A mulher meio menina.
Com tanta força e personalidade forte e ao mesmo tempo encantadora e doce. Voltamos ao passado, ou seja, embarcamos numa viagem no túnel das memórias afetivas de Josephine para saber mais sobre a sua infância. Ela nos conta, que: Enquanto crescia, eu sempre brincava de me vestir e tirar fotos. Lembro-me de como vestia meu irmão mais novo com roupas femininas e me sentia bem depois de ver o resultado final. E os meus sonhos!? Eu adoraria seguir carreira na mídia de moda como estilista e/ou diretora criativa ou produtora. Eu sonho dirigir desfiles de moda também, incorporando meus conhecimentos de direção de televisão e moda. Inspiro-me em Iris Apfel; um maximalista, Alexander McQueen; uma designer audaciosa, Michele Clapton: figurinista de Game of Thrones e Karl Lagerfeld, criativo e audacioso. Eu desenhava e pintava quando era criança, eu era uma amante das cores e desde criança estava atenta aos detalhes. Desde de criança, sempre fui exigente e consciente sobre o que vestir e os sapatos para complementar a produção. Às vezes, eu rejeitava alguns sapatos que meu pai comprava para mim porque nunca gostei deles. Lembro-me de como ele sempre reclamava de comprar coisas para mim porque temia que eu acabasse rejeitando. Por mais jovem que eu fosse, sempre estive atenta à minha figura e ao que vestir para embelezar meu corpo. Desde pequena, sempre fui apaixonada por cores e roupas.
Uma vida na arte por Josephine Maxwells
Devo dizer; que fiquei entusiasmada com as ARTES. Uma frase capaz de traduzir uma vida inteira. É assim, que ela continua nos contando sobre a sua história. “Eu sabia que queria uma coisa: ser capaz de desenhar roupas a partir da minha imaginação, juntá-las de forma criativa e, finalmente, dar vida a elas.” Eu tive a sorte de meu “papai” me trazer sobras de tecidos da alfaiataria do meu avô. Meu avô era costureiro. Um dos amigos mais próximos de papai também era alfaiate. Então sempre tive dosagem dupla do que precisava. Eu recortava os pedacinhos de tecido com minha tesoura minúscula e com a ajuda de linha e agulha fazia vestidinhos fofos para minhas bonequinhas. Eu sempre sorria sempre que os colocava naquelas bonequinhas fofas. Todos ao redor viram esse desejo em mim naquela tenra idade, mas com o passar do tempo, eu passei por uma montanha-russa em busca do meu sonho.
Memórias e sonhos reais
A sua voz ainda é forte mesmo diante das lembranças de desafios enfrentados. Ela nos, diz: Eu não estudei moda diretamente, mas tive uma série de outros cursos para ler antes de finalmente decidir me matricular na escola de moda. No entanto, não me arrependo dessas decisões porque todos esses anos de formação contribuíram muito para quem sou atualmente e para onde vou. A formação em cinema e televisão dotou-me de algumas competências das quais não posso prescindir. O treinamento me fez ver a moda em um nível totalmente novo. A formação de quatro anos em cinema e televisão me dotou de habilidades em fotografia, edição, direção de arte, direção e muito mais. Recentemente, tive a oportunidade de trabalhar como diretora de televisão em um reality de show musical que revelou novos talentos na música. Também atuei como designer de moda e estilista da apresentadora principal em 9 episódios do programa. Eu criei 12 looks diferentes para ela e me senti muito feliz e orgulhosa por ter mesclado esses dois papéis principais em uma produção como tal.
Uma pausa para respirar fundo, (pura emoção).
Se mamãe estivesse viva hoje, eu teria enviado fotos para ela e perguntado se ela se lembra dos dias em que assistíamos aos boletins de notícias da emissora estatal (Televisão de Gana), enquanto sempre admirei os trajes dos âncoras. Embora eu não esteja realmente onde quero estar, meu pai, irmãos e amigos estão muito orgulhosos porque aqueles dias de juntar sobras de tecido para mim estão finalmente se manifestando.
Uma moda africana autoral
Minhas peças de arte são peças versáteis e multifuncionais que podem ser estilizadas e reestilizadas. Faz fronteira com um artesanato de primeira linha criado especialmente para a mulher que ousa ser confiante, ousada e sempre ousa ser diferente: não se conformar com o status único. Normalmente brinco com plenitude: franzidos, pregas e flores. Esses estilos de vestido normalmente dão liberdade de movimento. Minhas peças de arte são feitas pensando em transcender fronteiras: qualquer pessoa desprovida de raça pode se identificar com elas e querer possuí-las. São peças ousadas, audaciosas, chiques, atemporais e elegantes criadas com tato, precisão e inovação.
Esta conversa meio que uma entrevista foi conduzida por Josephine que fez questão de trazer momentos especiais vividos por ela. Que nos trazem sensações únicas e uma vivência inspiradora a cada nova lembrança ou pensamento. Assim, como este sonho e forma de viver onde ela, diz: “Não quero apenas existir, quero viver! Fazendo o que amo e sempre sonhei; possuir um estúdio de estilo de moda, fotografia e maquiagem, ao mesmo tempo que é uma equipe muito procurada de cinema a televisão.” Finaliza.
Renée Knorr, Emma Oliveira, Tsion Bahru e Francess Mondeh.
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